A Celma Albuquerque Galeria de Arte apresenta A luz que eu trago, individual de Duda Moraes. A artista apresenta pela primeira vez,em uma exposição no Brasil, a série de peças únicas Textile, composta por 17 obras em tecido. Carioca radicada em Bordeaux na França, Duda começa sua história com o tecido no início de sua pesquisa quando trabalhava na criação de estampas.Depois de ingressar na pintura, o tecido volta como complemento de seu olhar e agora do seu tempo.
A produção em tecidos começa em 2020 durante o confinamento. Com a impossibilidade de ir ao ateliê, Duda Moraes cria, com o material que tem em casa, tecidos de todos os estilos.Em um ritmo diferente, o compasso agora é de dois estágios, o da montagem e o da execução com a máquina. O trabalho se expande no tamanho e na proposta.
Com uma grande demanda de produção e a necessidade de ser algo além do que a pintura propõe, a artista estabelece contato com algumas tapissier da região de Bordeaux Metropole para adquirir possíveis sobras e catálogos antigos descartados por essas tradicionais lojas de tecido. Trabalhar com materiais que seriam jogados fora ou não mais usados pelas tapissiers Bordelaise foi uma forma de lidar com o inesperado, com o que vinha, criar novas propostas para aquele material.
Não mais escolher as cores que trazem o calor vibrante como o fluorescente na pintura de Duda, agora o desafio é criar com tons europeus. Veludos, sedas, cetins, tramas e texturas nobres e rígidas, leves com transparência, com flores, geométricos, cores mais densas, clima de inverno com temperatura tropical. Tudo isso ganha força na união de duas culturas onde, com muito respeito, coloca no mundo a sua própria experiência, seu próprio sentir, sua própria luz.
A mostra, exibida no mezanino da galeria, poderá ser vista a partir do dia 05 de setembro.